Quem não gosta de uma boa história? Nós as encontramos em livros, jornais, fofocas e nos causos contados pelos nossos avós. Por estar tão presente no nosso dia a dia, o gênero narrativo possui grande aceitação entre as pessoas. Ele permite que sejamos capazes de sermos transportados para outros lugares e vermos a vida por meio do olhar de alguém.
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Características do gênero narrativo
Isso acontece por causa da característica desse gênero literário. Ele abarca obras que nos permitem observar como uma ação é desenvolvida em um contexto temporal e espacial e como ela recebe a interferência de personagens.
Para isso, é necessário contar com a figura do narrador, que pode atuar na história como um personagem ou pode apenas falar sobre ela, como se fosse um observador da ação. Assim, o ponto de vista do narrador pode variar entre histórias, alterando o foco narrativo das mesmas.
É importante ressaltar que o narrador não consiste no autor da história. O escritor inclusive pode usar o narrador para criar possibilidades diferentes de interpretação da mesma obra. Assim sendo, é necessário que o leitor esteja ciente de que essa figura faz parte dos elementos que compõem o gênero narrativo, podendo ser confiável ou não.
Subgêneros do gênero narrativo
O gênero possui vários subgêneros, afinal há diversas formas de contar uma história.
Dentre elas, as principais são a epopeia, o romance, a novela e o conto e a crônica. Veja a seguir quais são as características de cada um desses subgêneros a fim de facilitar a diferenciação entre eles.
Epopeia
A epopeia se trata de uma narrativa de longa extensão escrita em versos ou em prosa cujos temas são grandiosos e que possuem caráter heroico. Ela busca preservar a memória de um povo ao abordar acontecimentos passados ou míticos.
Nela, é comum a presença de deuses e heróis. Dois exemplos de obras desse subgênero narrativo são as famosas Ilíada e Odisséia de Homero.
Romance
O romance consiste em uma narrativa de longa extensão que constrói com detalhes o universo onde os personagens são posicionados e no qual a ação decorre. Nele, as personagens são descritas com minúcias e o escritor desenvolve análises a respeito dos elementos da narrativa.
Assim, a complexidade da narrativa é maior e há nela a construção de teias de conflitos causada pela inter-relação de uma ação principal e outras ações de menor importância. Dois romances bastante conhecidos do Brasil são O Guarani, de José de Alencar, e Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
Novela
A novela, por sua vez, busca priorizar a ação, deixando as análises para segundo plano. Nela, o escritor desenvolve um encadeamento de episódios (assim como acontece nas novelas que assistimos na televisão).
Dessa forma, o leitor acompanha as repercussões do que acontece sempre se encaminhando para o final, que também consiste no clímax da narrativa. Pode-se mencionar como exemplos as novelas brasileiras Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e O Alienista, de Machado de Assis.
Conto
O conto é uma narrativa de curta extensão que se concentra no que é essencial para a história. Assim, desenvolve-se apenas uma unidade de ação que ocorre dentro de um tempo e espaço limitados.
Além disso, nesse subgênero narrativo, dispensa-se divagações ou qualquer descrição que seja excessiva. Dois contos bastante conhecidos no Brasil são “A cartomante”, de Machado de Assis, e “Feliz aniversário”, de Clarice Lispector.
Crônica
A crônica, assim como o conto, possui curta extensão. Geralmente, o assunto dela está relacionado a temas do cotidiano. Por essa razão, ela é muito presente em jornais e revistas. Além disso, a sua linguagem costuma ser leve e pode ter pitadas de humor. Um cronista brasileiro bastante famoso é Luís Fernando Veríssimo.