A maioria dos protozoários apresenta reprodução clonal (assexuada) por mitose. A divisão do organismo em duas ou mais células-filhas é denominada fissão. Se esta divisão resultar em duas células-filhas semelhantes o processo é fissão binária, porém se uma das células-filhas for muito menor que a outra, então o processo é o brotamento. A reprodução sexuada ocorre com pouca frequência. Apesar de existirem muitos protozoários estudados, em muitos nunca se observou de fato a reprodução sexuada. O que leva a crer que, provavelmente, o ciclo de vida dos protozoários acontece sem sexo, ou seja, um indivíduo haplóide (n) se reproduz apenas por fissão, conforme na figura abaixo.
Mas existem três formas gerais de ciclos de vida sexuados nos protozoários com dominância haplóide, dominância diplóide e dominância haplo-diplo. O ciclo dominante haplóide abrange os indivíduos haplóides, que podem se transformar em gametas ou até se reproduzir por mitose. A fusão que ocorre nesses gametas originará um zigoto diplóide, que por sua vez sofrerá meiose resultando em quatro novos indivíduos haplóides. Já no ciclo de vida dominante diplóide os organismos 2n sofrem meiose para que assim então produzam gametas n, que se fundirão em um indivíduo zigótico 2n. Este tipo de ciclo de vida ocorre nos ciliados e também nos animais. Por último temos o ciclo de vida co-dominante haplóide-diplóide (haplo-diplo), que apresenta uma geração assexuada (n ou 2n) que se alterna com uma outra geração sexuada (2n ou n). Este tipo de ciclo é característico dos foraminíferos.
Nas espécies de protozoários de água doce temos um processo característico do ciclo de vida chamado encistamento, quando o protozoário secreta uma substância ao redor de si e fica inativo, desta maneira forma o cisto. Esse cisto protetor é resistente à dessecação ou a baixas temperaturas, além de permitir que a célula atravesse condições ambientais desfavoráveis. Em um ciclo de vida mais simples poderá se observar apenas duas fases: ativa e encistada.
Os organismos protozoários podem se locomover por longas distâncias tanto nos estágios móveis como nos encistados. Algumas condições naturais como correntes aquáticas, vento, lama além dos detritos nos corpos de aves aquáticas e também de outros animais, constituem agentes comuns para a dispersão.
Fontes:
Ruppert, Edward E., Fox, Richard S., Barnes, Robert D. Zoologia dos invertebrados: uma abordagem funcional-evolutiva. São Paulo. Roca, 2005.