É chamado rabino, dentro da religião judaica, todo o indivíduo professor de religião e autorizado a tomar decisões sobre questões da lei. O termo é originário da língua hebraica e significa "professor", e foi usado pela primeira vez como referência aos rabinos do Sinédrio (a associação de 23 juízes que é obrigatória em toda comunidade judaica), durante o primeiro século d.C.
O nome evoluiu ao longo da história judaica para incluir muitos papéis e significados. Hoje, geralmente, serve para indicar aqueles que receberam a ordenação rabínica e são educadas sobre os ensinamentos da halachá, a lei judaica. Eles são os únicos a conhecerem suficientemente os textos para responder questões teológicas. Enquanto os padres católicos são freqüentemente vistos como intermediários entre o homem e Deus, os rabinos não são nada mais do que pessoas normais que podem ser oficialmente reconhecidos através de um processo de ordenação, ou informalmente, em virtude do respeito que conquistaram pelo seu conhecimento e noção de justiça.
Os rabinos dos tempos talmúdicos formavam a única autoridade sobre a Torá oral (isso foi antes da Torá ser registrada, pois ninguém tinha a oportunidade de estudar a lei por si próprio). Eram ainda reverenciados por serem considerados figuras mais próximas de Deus do que qualquer outra pessoa na comunidade. Acreditava-se também que o rabino tinha a capacidade de amaldiçoar e abençoar indivíduos.
As questões comentadas ou decididas por rabinos refletem assuntos geralmente abordados por autoridades e estudiosos judeus ao longo dos séculos. A maioria das comunidades possui um rabino chefe, ao qual recorrem quando desejam resolver disputas haláchicas. Entre as outras obrigações desses "professores", destacava-se a determinação do calendário judaico, o exercício das competências de juiz em um tribunal rabínico, ajuda na garantia do bem-estar social de sua comunidade, além de zelar pela observância religiosa.
Muitos dos que possuem ordenação rabínica hoje em dia se valem de outras formas de subsistência não relacionadas aos afazeres do rabino. Muitos são simultaneamente médicos, advogados, psicólogos, etc. Até o século XII, no entanto, o trabalho de rabino era uma ocupação a tempo integral. O estado dá aos rabinos a permissão para realizar casamentos, apesar de, tecnicamente, a cerimônia judaica não necessitar de um. No entanto, é importante ter um rabino para se certificar de que a complexa cerimônia de casamento seja realizada de modo correto, envolvendo por exemplo, a reunião de testemunhas válidas, necessárias para tornar o casamento oficial. Em Israel, o rabino é necessário para a legalidade secular do casamento. O rabino preenche o papel de um juiz ou um advogado em matéria civil, de modo a garantir que a lei judaica seja cumprida. Sua incumbência cuja natureza difere do padre católico ou ministro protestante, cuja presença estabelece uma conexão necessária mística com Deus, necessária para tornar a cerimônia válida.
Bibliografia:
WEISS, Beth. Rabbis (em inglês). Disponível em: <http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Judaism/Rabbis.html>. Acesso: 16/01/13.