Sinergismo possui uma importante significação que está no cerne das religiões.
De acordo com o professado pelo cristianismo, o Sinergismo defende a ideia de que o homem tem participação grande e relevante em sua salvação espiritual. O que o torna responsável diretamente por sua salvação ou sua perdição. Em contraposição aos chamados sinergistas estão os que acreditam em sua oposição, ou seja, no monergismo, argumentando que o homem não possui qualquer responsabilidade pela salvação de sua alma. Assim, seu espírito estaria totalmente submetido à vontade de Deus.
O Sinergismo e o monergismo são temas de um debate que é fundamental não só para o cristianismo, mas também para outras religiões. O processo de salvação do espírito e sua efetiva salvação é ponto de grande representação para as teologias. Definem a postura de cada religião e, diretamente, a conduta que é esperada do homem. Os sinergistas, por sua vez, também já se fragmentaram nesse debate, apresentando vertentes diferenciadas.
Uma das correntes do Sinergismo é chamada de pelagianismo, que possui origem em Pelágio da Bretanha. Esse vertente nega a existência do pecado original, logo, o homem não é totalmente depravado e a salvação poderia ser assegurada pela prática de boas ações. Outra vertente é a do semipelagianismo, com origem nos massilanos, que considera o homem incapaz de obter a completa salvação do espírito, embora possa dar grandes passos nesse sentido. Ambas as formas de Sinergismo foram condenadas diversas vezes em concílios da Igreja Católica.
Uma terceira variante do Sinergismo é o arminiano. Nesta vertente, o homem é natural de uma depravação total. Seria incapaz de qualquer aproximação com Deus, o que faria da salvação possível apenas por meio da fé e da graça recebida. Resumidamente, o homem só conseguiria a salvação de seu espírito se não resistisse a Deus. Como todos os homens já nascem depravados, de acordo com essa vertente, eles devem buscar a fé a todo momento. Esta radical vertente do Sinergismo é convergente em muitos pontos com as outras vertentes e até mesmo com outras doutrinas cristãs, como o calvinismo. Porém destaca-se como singular no semblante do livre arbítrio, que pode levar o homem a Deus ou definitivamente afastá-lo e padecer com a ampliação de seus pecados naturais durante a vida.