O espermatozóide é a célula reprodutiva masculina (gameta masculino). Contribui no processo de fecundação com seu DNA para completar o número diplóide do zigoto a ser formado.
Apresentam um núcleo extremamente compactado, e as organelas desenvolvidas são aquelas estritamente relacionadas com sua locomoção. Possuem uma cauda que possui um flagelo destinado a propulsionar o espermatozóide, sendo que a energia propulsória é obtida pelas mitocôndrias localizadas na peça intermediária. Na cabeça do espermatozóide distinguem-se duas porções importantes: o núcleo e o acrossomo. Na cauda são distinguidas quatro regiões: o pescoço (ou colo), a peça intermediária, a peça principal e a peça terminal.
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Cabeça
O núcleo do espermatozóide humano apresenta um aspecto achatado com as seguintes dimensões: 4,5 µm de comprimento, 3 µm de largura e 1µm de espessura. Em microscopia, quando visto de frente, apresenta um formato ovóide, enquanto que visto de perfil, apresenta um formato afilado. É responsável pela transmissão dos caracteres hereditários paternos, conservando apenas o verdadeiro material dos genes. Todo o ácido ribonucléico, rico nos núcleos funcionantes e contido, sobretudo, no nucléolo, é eliminado durante o processo de espermiogênese (fase final da espermatogênese), permanecendo apenas as desoxirribonucleoproteínas. Por isso, o espermatozóide maduro apresenta cromatina muito densa, compacta e homogênea.
O acrossomo é derivado do acroblasto que, por sua vez, se origina de fusões de Golgi e forma um capuz com dupla membrana sobre dois terços anteriores do núcleo do espermatozóide, do qual é separado por um pequeno espaço subacrossomal. Este capuz apresenta em seu interior substâncias (enzimas) importantes durante o processo de fertilização, que são utilizadas para dissolver as membranas do óvulo. As enzimas digerem proteínas e açúcares.
Quando o gameta masculino atinge a vizinhança do óvulo, sofre a denominada reação acrossômica, em outras palavras, a membrana plasmática do gameta masculino transforma-se em uma vesícula e se rompe, permitindo o desprendimento das enzimas acrossomais.
Cauda
O pescoço, também denominado colo, é a região que faz conexão com a cauda. Contém um par de centríolos e nove colunas segmentadas (peça conectora), das quais parecem emergir as nove fibras densas externas do restante da cauda.
A peça intermediária é um segmento que possui de 5 a 7 µm de comprimento e em torno de 1 µm de espessura. Inicia-se no pescoço e termina no annulus (ou anel de Jensen, é uma estrutura firmemente aderida à membrana plasmática do flagelo). Contém a porção inicial do flagelo com seu axonema (nove pares de microtúbulos periféricos mais dois microtúbulos centrais), as nove fibras densas e uma bateria mitocondrial, sendo esta última responsável pelo fornecimento de energia para a propulsão do espermatozóide.
A peça principal estende-se do annulus até praticamente o final da cauda. Seu comprimento gira em torno de 45 µm. Algumas modificações ocorrem nessa estrutura quando comparada a peça intermediária:
- Desaparecimento da bateria mitocondrial;
- Surgimento de duas colunas longitudinais, uma dorsal e outra ventral;
- Conexão entre as duas colunas longitudinais por meio de fibras circulares;
A peça terminal é a parte terminal do flagelo e possui um comprimento de, aproximadamente, 5 µm. As colunas e as fibras semicirculares da peça principal diminuem e terminam abruptamente. O desaparecimento dessas estruturas marca a junção da peça principal com a peça terminal.
Formação dos Espermatozóides
O processo de espermatogênese (produção dos espermatozóides) ocorre nas gônodas masculinas, chamados de testículos, órgão formado por diversos túbulos seminíferos que convergem para ductos comuns, os quais conduzem os espermatozóides ao exterior.
Esperma
Quando o pênis recebe estímulos sexuais, este fica ereto e elimina o esperma, fluído onde estão contidos os espermatozóides. Durante uma ejaculação do homem, são eliminados aproximadamente 50 milhões de espermatozóides.
Tipos de Espermatozóides
Existem dois tipos distintos de espermatozóides normais: os que possuem o cromossomo X, responsável pela formação de um feto feminino e um com o cromossomo Y, responsável por originar um feto do sexo masculino. Os cromossomos ditos anormais são aqueles que possuem problemas cromossômicos ou morfológicos, sendo que o primeiro caso pode ocorrer durante um erro no processo de meiose e, o segundo caso, pode star relacionado com reações alérgicas intensas, raio-x e certos agentes antiespermatogênicos.
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Fontes:
Embriologia – Sonia M.L. Garcia, Casimiro G. Fernandéz. 2° edição, 2001.
http://www6.ufrgs.br/favet/imunovet/molecular_immunology/reproduction.html