Por Débora Carvalho Meldau
A gravidez ectópica, também chamada de gravidez tubária, é toda gestação que se localiza fora da cavidade uterina, que é a sede normal de sua implantação e desenvolvimento. Segundo alguns especialistas, o ovócito fertilizado pode se fixar em várias regiões do organismo, como na cavidade abdominal, trompas de Falópio, ovários, canal cervical e cornos uterinos. Aproximadamente 95% dos casos localizam-se nas trompas.
As etiologias variam muito, destacando-se fatores que dificultem a passagem do ovo pelo canal tubário. Deste modo, atividade trofoblástica anormal, uso de DIU, anormalidades do caminho tubário ou anormalidades da mucosa tubária são fatores que propiciam a gravidez ectópica.
A gravidez ectópica pode evoluir para reabsorção fetal, abortamento espontâneo, abortamento tubário completo ou incompleto, ruptura tubária, podendo resultar em abdômen agudo, choque hipovolêmico e óbito. Completar a gestação é muito raro, pois essa condição apresenta altos índices de malformações e mortalidade.
O diagnóstico é feito por meio das manifestações clínicas que são, basicamente, dor abdominal e sangramento transvaginal. Outros dados importantes são a presença do atraso menstrual e fatores de risco associados. Ao exame físico podem ser encontradas massas anexiais, palpáveis ou não, abaulamento em fundo de saco e, em alguns casos, irritação peritoneal e instabilidade hemodinâmica.
A dosagem de β-hCG e o exame ultra-sonográfico são fundamentais no diagnóstico da gravidez ectópica. A identificação, por meio da ultra-sonografia, de um embrião ou saco gestacional com saco vitelino extra-uterinos são as evidências mais contundentes de uma gestação ectópica.
O tratamento, de acordo com especialistas é principalmente cirúrgico, preferencialmente vídeo-laparoscópico, preservando-se a tuba uterina, sempre que possível. Existem outras alternativas de tratamento, como o conservador, com acompanhamento seriado da queda de BHCG e injeção de metotrexane no sítio de implantação do embrião, guiado pelo ultra-som endovaginal, associada a dosagens de BHCG seriadas. Estas duas últimas opções de tratamento são indicadas apenas em casos especiais, e me pacientes muito bem selecionadas, pois apresentam um grande risco imposto pelo próprio quadro clínico.
Normalmente, o prognóstico é bom, quando o diagnóstico é feito precocemente e o tratamento é realizado por profissionais experientes. Em diagnósticos tardios, os riscos são maiores, podendo evoluir para problemas abdominais graves e até ao óbito.
Fontes:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?220
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gravidez_ect%C3%B3pica
http://www.copacabanarunners.net/gravidez-ectopica.html
http://www.meac.ufc.br/obstetricia/manual_meac/GRAVIDEZ_ECTOPICA-socego.pdf
http://mulheresgravidas.net/gravidez-ectopica-ou-gravidez-nas-trompas/
http://boasaude.uol.com.br/lib/showdoc.cfm?libdocid=3079&fromcomm=4&commrr=src