A inseminação artificial é uma técnica moderna à qual se recorre quando um casal passa por determinados distúrbios no processo natural de fertilidade. Por meio deste método o sêmen masculino é inserido no interior da vagina com o uso de uma simples injeção elaborada com as ferramentas mais adequadas.
Há várias espécies de inseminação artificial, embora todas sejam direcionadas para o mesmo alvo, colocar o óvulo e o espermatozóide em estreito contato, transcendendo assim problemas relacionados a este elemento anatômico do homem ou ao muco cervical fabricado pelo colo do útero – fatores determinantes para a fertilidade masculina e feminina.
Esta metodologia aperfeiçoa as propriedades do espermatozóide ou contorna as deficiências do aparelho feminino. O procedimento é realizado na trompa da mulher, quando, artificialmente, ocorre a imprescindível conjunção da matéria-prima do homem, depois de ser injetada na vagina e passar pelo útero e pela trompa, com o óvulo recepcionado por este órgão após seu êxodo do ovário.
Até o advento da técnica de congelamento do sêmen, no século XX, na década de 50, a inseminação artificial, nascida no século anterior, era praticada clandestinamente. Com o avanço da tecnologia, ela se transformou em um método mais seguro e, a partir daí, começou a ser disseminada e exercida publicamente. A primeira criança a vir à luz através desta metodologia nasceu em 1953. Atualmente, nos Estados Unidos, país em que esta prática é mais comum, são gestados mais de 65.000 bebês por meio desta técnica.
No caso de uma esterilidade masculina, o sêmen é doado por outro homem que, comprovadamente, não seja portador de nenhuma enfermidade genética ou de natureza infecciosa. Quando o problema é da mulher, é extraído um óvulo de seu ovário, através de uma cirurgia, e então ele é fertilizado em uma proveta, daí a popularização da expressão ‘bebê de proveta’.
Esta conservação ‘in vitro’ é realizada em um ambiente precisamente semelhante ao encontrado dentro da trompa, órgão no qual a fertilização natural se concretiza. O embrião assim gerado é, depois, transportado para o útero feminino para que a gestação normal se processe.
Desde 1988 os pesquisadores vêm desenvolvendo uma técnica que permite aos pais escolherem o sexo da criança criada por este método. Isso é possível porque o cromossomo feminino - X – tem mais DNA que o masculino – Y. Assim, não é difícil optar por um gênero ou outro.
Este novo método, que, a princípio, tem como objetivo prevenir potenciais doenças genéticas ligadas a um ou outro sexo, foi inicialmente implementado para a multiplicação dos animais destinados à criação, como o gado. Além desta polêmica questão da escolha do sexo do bebê, há outras tantas controvertidas problemáticas que derivam da inseminação artificial, tais como o tipo de consanguinidade que se estabelece; os direitos das pessoas que contribuem com os elementos biológicos, por exemplo, o doador do sêmen; bem como a temática da lapidação da humanidade pelo próprio Homem.