A economia do Rio Grande do Sul é marcada pela variedade de produtos e serviços. O estado colaborava em 2015 com 6,45 do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, com um total de 381 milhões de reais produzidos pelo estado no mesmo ano. O principal setor em participação no PIB da economia gaúcha é setor de serviços, que ganha força a partir da década de 90, seguido, pela indústria de transformação e pelo setor primário, principalmente a agropecuária com alguma participação do extrativismo, respectivamente cada um desses setores foram responsáveis por 67,3%, 23,4% e 9,3% do PIB gaúcho em 2014. A economia gaúcha possui uma estreita relação com o mercado interno brasileiro e portanto está à mercê das variações no mercado brasileiro.
A agricultura gaúcha tem uma forte presença da soja, cultura que ganha força a partir da década de 70 no estado, e do arroz, plantado principalmente nas áreas alagadiças do sul e sudeste do estado. Podemos citar outras culturas não permanentes, que precisam ser replantadas toda a safra, como milho, fumo e trigo. As culturas não permanentes são responsáveis por mais de 90% da produção agrícola do Rio Grande do Sul e colocam o estado como o terceiro maior produtor de grãos no Brasil. Importante notar que a estrutura fundiária e o arranjo produtivo gaúcho está muito ligado a pequenas propriedades de caráter familiar, principalmente no norte do estado, onde o solo é mais fértil possibilitando uma produção maior em pequenas propriedades, enquanto no sul e sudeste temos uma maior aparição de propriedades médias e grandes, devido a um solo mais frágil. A produção de aves e ovos merece destaque na pecuária gaúcha, além da produção de gado de corte e leiteiro, no sul do estado e no nordeste respectivamente. Podemos citar ainda o rebanho suínos, concentrado principalmente no norte do estado, como um rebanho tradicional no estado, além do ovino, que se concentra na fronteira com o Uruguai e é o maior rebanho brasileiro desse tipo.
A indústria gaúcha é bem diversificada e integrada com polos industriais espalhados por todo o estado. As cadeias produtivas normalmente são regionais e podemos citar a cadeia Porto Alegre-Caxias do Sul como sendo a principal do estado, apesar desse cadeia na capital do estado encontramos em outras regiões como Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul e o polo metal mecânico que está se consolidando no nordeste do estado. No polo da região metropolitana de Porto Alegre-Caxias do Sul podemos citar a indústria de alimentos, mesmo que bem distribuída espacialmente no estado tem uma maior presença nessa área e é o principal ramo produtivo do estado, a indústria moveleira, têxtil e metal mecânica, com ênfase na produção de automóveis e equipamentos industriais. Podemos destacar também a indústria petroquímica na região de Triunfo e Canoas.
O setor terciário ou de serviços é o principal gerador de riqueza no estado gaúcho. O Rio Grande do Sul apresenta assim como o Brasil um quadro de desindustrialização, apesar de que no estado gaúcho esse quadro tem um menor impacto, e cada vez mais observamos nos dados o avanço no setor de serviços como grande responsável pelo PIB. Os principais números ficam por conta do comercio, tanto interno com alimentação e vestuário como principais, e o setor de construção civil. O comercio internacional é um importante fator nesse setor. O Rio Grande do Sul é um dos principais exportadores do soja do país, além do setor de pecuária que possui grande relevância na balança comercial do estado.
Referencias:
http://www.bcb.gov.br/pec/boletimregional/port/2015/01/br201501b1p.pdf
http://www.bcb.gov.br/pec/boletimregional/port/2013/04/br201304b2p.pdf
http://www.fiergs.org.br/pt-br/economia/estudos-econ%C3%B4micos-do-rs
http://www.bcb.gov.br/pec/boletimregional/port/2017/07/br201707b1p.pdf