Imunoterapia

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Saúde
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A imunoterapia é definida como o tratamento de doenças alérgicas realizado com base em uma vacina de alérgenos, o mesmo que causa a alergia em questão. Esta, por sua vez, eleva a imunidade do individuo para que este apresente menos sensibilidade a certas substâncias.

Muitos pacientes que possuem alergia utilizam anti-histamínicos e corticosteróides, alcançando resposta satisfatória. Contudo, nos casos mais severos, ou quando esses medicamentos não podem ser utilizados, a imunoterapia é uma alternativa.

Este tipo de terapia visa reduzir a sensibilidade do indivíduo ao alérgeno, apresentando especial utilidade no tratamento da rinite alérgica. A terapia consiste na administração de diversas doses, em intervalos regulares, durante um longo período (variando de 1 a 5 anos) de injeções constituídas de extratos de alérgenos.

As doses iniciais são diminutas, aumentando gradativamente ao longo do tratamento, sendo que, ao passo que o organismo adapta-se ao antígeno que está sendo introduzido, torna-se menor sensível ao mesmo. Este processo também recebe o nome de dessensibilização.

Para entendermos melhor como a imunoterapia funciona, devemos compreender como se inicia o processo alérgico em um indivíduo.

Quando o organismo é exposto à determinada substância externa, a qual o sistema imune reconhece como sendo estranha ou invasora, nos indivíduos que são alérgicos, o sistema imunitário passa a produzir anticorpos, gerando uma resposta alérgica exacerbada, causando prejuízos para o próprio organismo.

No primeiro contato ocorre somente a sensibilização do organismo contra o corpo estranho (antígeno). Os leucócitos reconhecem o antígeno e sintetizam anticorpos IgE contra ele. Numa segunda exposição ao corpo estranho, esses anticorpos se ligam ao antígeno principiando uma reação alérgica, com liberação de diversas substâncias, sendo que, dentre estas, a histamina é a principal. Essas substâncias são as responsáveis por causar os efeitos da alergia. Essa exacerbada reação recebe o nome de hipersensibilidade.

É por meio da atenuação dessa resposta imune ao corpo estranho que a imunoterapia atua para dessensibilizar o indivíduo alérgico. Como conseqüência do tratamento, os leucócitos não respondem mais com a mesma intensidade de antes ao alérgeno, sintetizando menor quantidade de anticorpos IgE quando em contato com o antígeno. Deste modo, as subseqüentes exposições ao antígeno, as reações alérgicas abrandam-se.

A imunoterapia é contra-indicada para indivíduos cardiopatas ou com asma grave, que utilizam fármacos da família dos beta-bloqueadores, hipertensos e com glaucoma.

Até  o momento, a imunoterapia é o único procedimento conhecido capaz de mudar a história natural do processo alérgico. No entanto, este tratamento não alcança resultados satisfatórios em todos os pacientes, sendo que, em certos casos, é parcialmente eficaz.

Fontes:
http://boasaude.uol.com.br/lib/showdoc.cfm?LibCatID=-1&Search=rinite&LibDocID=5280
http://www.colegioweb.com.br/biologia/imunoterapia.html

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