Pólipos nas cordas vocais

Por Débora Carvalho Meldau

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

Categorias: Saúde
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Os pólipos nas cordas vocais correspondem a formações não cancerosas que surgem em consequência do uso excessivo da voz, de reações alérgicas crônicas que acometem a laringe ou da inalação crônica de substâncias irritantes, como é o caso de poluentes industriais ou o tabaco.

Este tipo de formação sobressai a corda vocal e, habitualmente, dilata-se durante o crescimento, até que a massa em questão encontre-se unida à sua superfície por meio de um pedúnculo. Geralmente ocorre a formação de um pólipo isolado, porém, em certos casos, pode haver duas ou mais formações.

Na maioria das vezes, o surgimento dos pólipos é decorrente do mau uso da voz, ou seja, utilização de um timbre ou de um tom de voz forçado, especialmente quando se utiliza artificialmente uma frequência baixa. Deste modo, é comum o aparecimento dessa patologia em crianças que habitualmente comunicam-se por meio de gritos, vendedores ambulantes, telefonistas, cantores, políticos e professores, ou seja, profissionais que necessitam utilizar amplamente a voz em suas profissões. A copiosa tensão e fricção das cordas vocais levam à proliferação exacerbada de fibras colágenas no tecido conjuntivo, resultando no desenvolvimento de um pólipo. Esta condição também é muito comum em indivíduos que fazem uso do tabaco e que trabalham em ambientes com alto índice de pó ou fumaça de cigarro.

A manifestação clínica mais comum desta patologia é a rouquidão (disfonia), que se caracteriza pela alteração de timbre ou das qualidades da voz. Além disso, também pode estar presente uma tosse irritante, podendo até levar à obstrução da luz da laringe quando os pólipos forem muito volumosos, o que resulta em dificuldade respiratória. O grau da disfonia irá variar de caso para caso, de acordo com a quantidade e localização dos pólipos.

O diagnóstico é obtido realizando-se exames das cordas vocais com o auxílio de um espelho e colhendo-se material para biópsia para confirmar de que a tumefação não se trata de um tumor canceroso.

O primeiro passo do tratamento reside na eliminação da causa. A resolução do problema normalmente é alcançada por meio da ressecção cirúrgica dos pólipos.

Fontes:
http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=201
http://www.clinicafonoclin.com.br/artigo_polipos_vocais.php
http://www.manualmerck.net/?id=240&cn=1956

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