A síndrome da visão do computador (Computer Vision Syndrome, em inglês) trata-se de um transtorno temporário decorrente do foco na tela de um monitor de vídeo por muito tempo, sem intervalo, levando à má lubrificação dos olhos, pelo fato dos indivíduos piscarem menos, bem como devido ao esforço realizado pela visão de perto.
Pesquisas têm apontado que distúrbios de visão são os mais frequentes problemas de saúde em indivíduos que utilizam o computador. Nos Estados Unidos, estima-se que este transtorno afete aproximadamente 90% dos trabalhadores que utilizam o computador mais de 3 horas por dia.
Normalmente, o ser humano pisca o olho entre 16 a 20 vezes por minuto. Quando na frente de um monitor de computador, esta frequência pode cair para 6 a 8 piscadas por minuto, resultando na diminuição do reflexo de piscar e, consequentemente, ressecamento do globo ocular. Somado a isso, há o esforço em focalizar a imagem que se encontra tão próxima durante um longo período de tempo, o que requer um grande esforço da musculatura dos olhos, levando à astenopia e sensação de cansaço das vistas.
As manifestações clínicas incluem:
- Fadiga ocular;
- Cansaço visual;
- Vermelhidão ocular;
- Irritação;
- Visão turva;
- Ardência nos olhos;
- Olho seco.
O tratamento desta condição é feito por meio do uso de umidificadores oculares, utilizando-se lágrimas artificiais, o que auxilia na diminuição do ressecamento dos olhos. Além disso, recomenda-se um descanso ocular, para minimizar o desconforto ocular.
É recomendado para indivíduos que passam muito tempo na frente do computador que pisquem de forma voluntária, com mais frequência, bem como focar em um objeto distante pela janela, visando descansar os músculos oculares.
Nos casos de redução da capacidade focal, a correção pode ser feita por meio do uso de lentes com grau um pouco mais alto do que o recomendado para o paciente.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_da_vis%C3%A3o_de_computador
http://www.tuasaude.com/sindrome-da-visao-do-computador/
http://www.unicid.br/new/revista_scienceinhealth/04_jan_abr_2011/science_01_64_6_2011.pdf