Termoterapia

Graduação em Fisioterapia (Faculdade da Serra Gaúcha, FSG, 2014)

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A termoterapia é um recurso terapêutico utilizado no processo de reabilitação que, através de fontes de calor de origem química, elétrica, magnéticas e mecânica, aumentam a agitação molecular e consequentemente o metabolismo também. Através do calor, conseguimos aumentar a velocidade metabólica, a excreção de dejetos, a vasodilatação para o aumento do aporte de oxigênio, a aceleração na contração muscular, a diminuição da resistência elástica e viscosa da musculatura, diminuindo o risco de rompimento das estruturas elásticas como músculos, tendões e ligamentos, além do aumento da capacidade de suportar maiores cargas nas articulações, uma vez que o calor aumenta a produção de liquido sinovial, hidratando a cartilagem hialina, aumentando a espessura e melhora a absorção de cargas.

Existem métodos de indução de calor, onde pode se dar através das seguintes características:

  • Condução: transferência de calor de um lugar para o outro, onde a movimentação de moléculas e átomos passam entre eles. O fluxo de calor através da matéria varia com a natureza do material e é chamado de condutividade térmica.
  • Convecção: as moléculas se movimentam transferindo energia térmica, assim como acontece com líquidos e gases.
  • Radiação: é a conversão da energia térmica em radiação eletromagnética. A quantidade de radiação produzida depende da temperatura da estrutura. O comprimento de onda também dependerá da temperatura da estrutura, de modo que as temperaturas mais altas produzem comprimentos de ondas menores e com mais energia.

Os recursos da termoterapia são classificados em superficiais e profundos. Dentre os recursos classificados como calor superficial, podemos citar as lâmpadas infravermelhas, compressas e bolsas quentes, banhos de parafina, turbilhões ou imersão aquecidas. Nesse caso, é muito utilizado para diminuir a dor e provocar efeitos analgésicos nas condições subagudas. Nos recursos para aplicação de calor profundo, podemos citar a diatermia de micro-ondas, diatermia de ondas curtas e o ultra-som. Nesse caso, é muito utilizado para a cicatrização tecidual e maior relaxamento estrutural.

As indicações para a aplicação de calor profundo são as condições inflamatórias crônicas e subagudas, dor crônica ou subaguda, ADM diminuída, pontos-gatilho miofasciais, proteção muscular, espasmo muscular, tensão muscular subaguda, torção ligamentar e contusão subaguda. Porém se contraindica o calor quando apresentar condições musculoesqueléticas agudas, circulação prejudicada, doença vascular periférica, anestesia da pele, feridas ou problemas de pele.

Devido aos resultados que a termoterapia oferece, ela tem sido muito indicada para que o paciente faça o uso da termoterapia superficial em casa, afim de auxiliar no tratamento fisioterapêutico para se obter melhores resultados. Porém, também pode ser utilizada a crioterapia, que é o tratamento térmico através do frio, onde possui ampla aplicabilidade também. Porém o calor tem sido usado com mais frequência, principalmente por ser um recurso que gera maior conforto e relaxamento durante a sua aplicação, aliviando as tensões musculares e provocando o relaxamento profundo do paciente.

Apesar do alto número de estudos em torno dos efeitos do calor e do frio em relação aos tratamentos de reabilitação, ainda não se tem comprovação de qual recurso possa ser mais eficaz em relação aos benefícios, uma vez que ambos possuem ação analgésica, anti-inflamatória e cicatrizante, porém o frio produz a vasoconstrição e o calor produz a vasodilatação, onde ambos são necessários no processo de recuperação tecidual. Dependendo da forma de lesão, acaba se indicando o frio ou calor, afim de promover os melhores efeitos para o seu processo de recuperação. Muitos estudos estão em fase de desenvolvimento, afim de buscar melhores conclusões em relação aos recursos da termoterapia.

Bibliografia:
http://pt.slideshare.net/marisol20132/7-termoterapia
http://pt.slideshare.net/hugopedrosa31/termoterapia-modo-de-compatibilidade?next_slideshow=3

Knight, K. L. (2000). Crioterapia no tratamento das lesões desportivas. São Paulo: Manole.

Lentell, G., Hetherington, T., Eagan, J., & Morgan, M. (1992). The use of thermal agents to influence the effectiveness of a low-load prolonged stretch. Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy, 16(5), 200-207.

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Arquivado em: Saúde
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