Por Débora Carvalho Meldau
O disco intervertebral, também chamada de fibrocartilagem intervertebral, é um disco de cartilagem localizado entre duas vértebras adjacentes da coluna vertebral, que atua possibilitando a propagação dos movimentos às vértebras, além de atuar como ligamento, assegurando que as vértebras permaneçam unidas.
Anatomicamente, o disco intervertebral é formado por dois componentes: o anel fibroso, no qual se encontra em seu interior o núcleo pulposo.
O anel fibroso é composto por uma porção periférica de tecido conjuntivo denso, porém em sua maior extensão é composto por diversas camadas de fibrocartilagem, cujos feixes colágenos se dispõem em camadas concêntricas.
O núcleo pulposo é formado por fibras soltas que ficam suspensas num líquido viçoso rico em ácido hialurônico, juntamente com uma pequena quantidade de colágeno. Funciona como um amortecedor, absorvendo o impacto diário, além de separar as vértebras umas das outras. Estas estruturas variam de forma, tamanho e espessura ao longo da coluna vertebral, compreendendo cerca de um quarto da totalidade do tamanho da mesma.
Em indivíduos jovens, o núcleo pulposo é relativamente maior, sendo que, com o passar dos anos, o mesmo é gradativamente substituído por fibrocartilagem, processo conhecido como degeneração. Desta forma, há a diminuição da capacidade de absorver os choques que a coluna sofre no dia-a-dia, acelerando assim o desgaste natural das vértebras.
Dentre as diferentes afecções que podem acometer os discos intervertebrais estão:
- Osteoartrite espinhal;
- Hérnia de disco;
- Calcificação do disco.