O tecido muscular estriado esquelético é formado por feixes de fibras cilíndricas muito longas e multinucleadas, conhecidas por fibras musculares estriadas esqueléticas. Esses feixes são envolvidos pelo epimísio, uma membrana externa de tecido conjuntivo denso. Destas membranas partem septos de tecido conjuntivo muito fino, chamados perimísios, por onde os vasos sanguíneos entram nos músculos. São músculos de movimentos voluntários.
Cada fibra, por sua vez, é envolvida por uma camada delgada de fibras reticulares que dá origem ao endomísio.
A união das fibras musculares é feita pelo tecido conjuntivo , o que permite a atuação da força de concentração gerada por cada fibra sobre o músculo inteiro chegando a outras estruturas como tendões, ligamentos, aponeuroses e ossos.As fibras musculares são delimitadas pelo sarcolema, e seu sarcoplasma encontra-se preenchido por fibrilas paralelas chamadas miofibrilas, constituídas por quatro proteínas:
- Actina – sob forma de estruturas longas e fibrosas (actina F), é formada por duas cadeias de monômeros globulares (actina G) enroladas em hélice dupla.
- Tropomiosina – moléculas longas e finas unidas pelas extremidades, formando filamentos longos localizados sobre a actina.
- Troponina – um conjunto de três subunidades preso à uma molécula de tropomiosina:
TnT – ligada fortemente à tropomiosina.;
TnC – possui grande afinidade pelos íons cálcio;
TnI – inibe a interação entre a actina e a miosina; - Miosina – grande, complexa e de alto peso molecular, em forma de bastão, sendo que uma das extremidades apresenta uma saliência globular, com locais específicos para combinação com ATP. Dotada de atividade ATPásica, transformando o ATP em ADP, o que libera energia às reações de contração muscular.
A miosina é formada por duas subunidades, a meromiosina leve e a meromiosina pesada. A meromiosina leve corresponde a maior porção do bastão, enquanto que a meromiosina pesada é composta pela menor parte do bastão junto à saliência globular.
O sarcolema consiste em uma membrana celular, chamada membrana plasmática, e um revestimento de uma fina camada de material polissacarídeo, com muitas fibrilas colágenas delgadas.
Leia também:
Fontes:
Levada, Miriam M. O., Fieri, Walcir J. e Pivesso, Mara Sandra G.. Apontamentos Teóricos de Citologia, Histologia e Embriologia, São Paulo: Catálise Editora, 1996.
Guyton, Arthur C. e Hall, John E.. Tratado de Fisiologia Médica, Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.