Kibutz

Por Felipe Araújo
Categorias: Israel, Sociedade
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Criados em 1910 na sociedade israelense, os kibutz são agrupamentos em que funcionam comunidades com as seguintes características: atividades agrícolas, propriedades coletivas, igualdade social, meios de produção próprios, distribuição da produção para a comunidade e prioridade à educação das crianças.

Em Israel, os kibutz chamam a atenção por apresentarem grande desenvolvimento interno e excelência no sistema educacional. Dentro destas comunidades, a economia funciona por meio de oficinas de trabalho com diversas especialidades. Nas escolas, os alunos passam por cem horas de ensino  anuais em que aprendem técnicas de agricultura, entre outras matérias.

Apesar de serem predominantes em Israel, existem agrupamentos com as mesmas características dos kibutz em outros países. Uma curiosidade é que os integrantes dos kibutz são chamados de chaverim, que significa companheiros, denominação normalmente utilizada por membros de grupos socialistas.

A existência destas comunidades, ao menos em seu intuito inicial, remete à filosofia nacionalista do Sionismo, que tinha o objetivo de agrupar forças de trabalho para o ressurgimento da nação israelense. Na política dos kibutz, há uma assembleia em que são eleitos os membros da direção. Após escolhidos, os líderes manifestam as diretrizes que os agrupamentos devem seguir nos planos estratégico e econômico, mas não possuem nenhum tipo de privilégio em relação aos outros integrantes da comunidade.

O espalhamento destas sociedades em território israelense tem sua força motriz nas ideias sionistas. Pregando o estabelecimento do Estado de Israel, o trabalho dos kibutz pode ser relacionado aos ideais disseminados no Primeiro Congresso Sionista Mundial, que levantou a questão do esforço comunitário para a criação de uma nação própria. Neste sentido, as comunidades podem ser consideradas células que representam esta ideologia.

Entre outras características dos kibutz, não há circulação de moeda internamente. Com o passar do tempo, estas comunidade sofreram diversas alterações do ponto de vista filosófico. Em um primeiro momento, eram entidades que buscavam uma renovação da sociedade e nação formada pelos judeus. Porém, atualmente, com mais de 500 comunidades deste tipo presente em território de Israel, os kibutz configuram-se como organizações complexas nos campos: econômico, histórico, político e social.

Apesar das mudanças, os kibutz continuam representando um sistema comunitário com características originais e passam por pressões dentro da própria sociedade israelense. Podem ser considerados como entidades marcantes da cultura de seu país, assim como serem vistos como realidades sociais coletivas e organizadas.

Fontes:
BULGARELLI, Waldirio. O kibutz e as cooperativas integrais : Ejidos-kolkhoses. 3.ed. São Paulo: Pioneira, 1966.
http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/kibutz-laboratorio-socialista-435389.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Kibutz
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,exuberante-deserto-retrata-drama-em-kibutz-de-israel,57522,0.htm

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