Anticapitalismo

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Envolvendo uma variada gama de ideologias, movimentos e ações de oposição, o anticapitalismo baseia-se na propagação de ideais contrários ao capitalismo. Os anticapitalistas são contrários à propriedade privada, trabalho assalariado e concorrência livre. De forma mais ampla, os grupos contra o capitalismo têm o objetivo de derrubar e substituir este sistema econômico que predomina desde a derrocada da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). No entanto, entre as ideologias capitalistas existem vários grupos diferentes que visam a abolição de somente alguns aspectos deste sistema econômico - e não do capitalismo em sua totalidade.

Em outro aspecto, a palavra “anticapitalista” tem sido usada para indicar as ações convergentes de uma variedade de movimentos sociais, notavelmente os operários, as feministas e os ambientalistas. Estas vertentes, embora de ideologias antigas e distintas, foram amplamente difundidas na segunda metade do século XX e, no caso dos movimentos pró meio ambiente, no início do século XXI  a partir da conexão entre células de resistência ao redor do mundo, que tinham crescido isoladas a partir da década de 1960.

Para designar os grupos citados acima, a palavra “anticapitalista” acabou causando uma discussão a respeito de não existir um consenso – entre organizações que pregavam contra a exploração do trabalho, a hierarquia, o sexismo e a exploração do meio ambiente – indicando que a causa destes problemas seria o capitalismo. Assim, boa parte destes grupos não aceitava que seguia uma ideologia anticapitalista.

Até mesmo no campo religioso existem ideologias contra o capitalismo. No islamismo, por exemplo, há proibição de cobrança de juros referente a empréstimos monetários, que é um dos aspectos mais visíveis do capitalismo. Em outro aspecto, no Islã tudo pertence à Alá, indicando um contraponto fundamental à questão da propriedade privada difundida pelo capitalismo.

Outra religião que promove questões contrárias ao capitalismo é o Cristianismo, que também difunde a proibição da usura, empréstimo a juros exorbitantes. Porém, apesar da lei religiosa, a sociedade ocidental acabou abandonando esta ideia a partir do princípio de separação entre Estado e Igreja.

De acordo com teóricos como Ludwig von Mises, regimes totalitários como o Nazismo e o Fascismo possuem características que também demonstram contrariedade aos princípios do capitalismo, pois indicam que o Estado sobreponha-se aos direitos do indivíduo. No caso dos fascistas, a propriedade privada é aceita, mas nesta ideologia o Estado teria parte do controle sobre ela para beneficiar a comunidade e preceder o interesse de poucos indivíduos.

Fontes:
http://www.mises.org/etexts/mises/anticap.asp
http://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12612

Arquivado em: Economia, Sociologia
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