Exercícios - Racismo

Lista de questões de vestibulares sobre o Racismo.
Ler artigo Racismo.

Exercício 1: (UFSC 2015)

Protestos realçam divisão racial nos EUA

Os protestos pedindo justiça pela morte do adolescente negro Michael Rown, 18, assassinado com seis tiros pelo policial branco Darren Wilson, 28, estão tão “rachados” quanto a segregada comunidade entre brancos e negros.
Durante o dia, mesmo sob o sol de 35 ºC, famílias inteiras portam cartazes coloridos e levantam os braços aos gritos de “não atire” pelas calçadas da avenida West Flosissant, que corta a pequena Ferguson, de 21 mil habitantes, subúrbio de Saint Louis.

Folha de São Paulo, 10 ago. 2014. A10.

Sobre segregação, conflitos e defesa dos direitos de afrodescendentes, é CORRETO afirmar que:

 


Exercício 2: (UDESC 2016/1)

Analise as proposições em relação aos registros sobre o protagonismo das populações negras contra a discriminação racial.

I. No Brasil, Abdias Nascimento é considerado uma das lideranças mais expressivas da juventude negra comunista, participou ativamente da luta armada contra a ditadura militar e foi o criador do Teatro Experimental do Negro (TEN) e do Movimento Negro Unificado (MNU).
II. Durante as décadas de 60 e 70, Steve Biko liderou o Movimento da Consciência Negra contra o apartheid na África do Sul. Ficou famoso pelo slogan Black is Beautiful.
III. As Panteras Negras foi um movimento negro norte-americano criado nos anos 60 do século XX. Os militantes desse grupo radical pediam a libertação de todos os negros das penitenciárias americanas, e o pagamento de indenizações às famílias negras pelo período da escravidão. O grupo teve orientação marxista e foi severamente reprimido pelo FBI. Entre as lideranças, merecem destaque Huey Newton e Bobby Seale.
IV. Nação do Islã foi uma vertente religiosa norte-americana de luta contra a discriminação racial, praticava a luta política por meios legais, mas aceitava a violência para autoproteção. O grupo defendia a supremacia e o separatismo dos negros. Seu principal representante foi Malcolm X.
V. Em Santa Catarina, a população negra só conseguiu se mobilizar com organizações de combate ao racismo a partir da militância antirracial de Cruz e Sousa em meados do século XIX.

Assinale a alternativa correta.


Exercício 3: (UNICAMP 2014)

Como os abolicionistas americanos previram, os problemas da escravidão não cessariam com a abolição. O racismo continuaria a acorrentar a população negra às esferas mais baixas da sociedade dos Estados Unidos. Mas se tivessem tido a oportunidade de fazer uma viagem pelo Brasil de seus sonhos – o país imaginado por tanto tempo como o lugar sem racismo – eles teriam concluído que entre o inferno e o paraíso não há uma tão grande distância afinal.
(Adaptado de Célia M. M. Azevedo, Abolicionismo: Estados Unidos e Brasil, uma história comparada (século XIX). São Paulo: Annablume, 2003, p. 205.)

Sobre o tema, é correto afirmar que:


Exercício 4: (Unespar 2018)

“Três morrem em marcha de supremacistas brancos nos EUA

Pelo menos três pessoas morreram neste sábado (12) em Charlottesville, uma cidade universitária de 47 mil habitantes no Estado da Virgínia que virou palco simultâneo da maior manifestação de supremacistas brancos do passado recente dos EUA e de um protesto antirracismo [...] A manifestação deste sábado foi convocada por grupos supremacistas brancos para protestar contra a decisão de retirar uma estátua do general Robert E. Lee (1807-70) de um parque local. Lee comandou as tropas confederadas na Guerra Civil dos EUA (1861-65), quando Estados do Sul lutaram para se separar do Norte abolicionista e manter seus escravos. A decisão segue a de outras cidades do Sul de retirarem símbolos confederados, que remetem ao passado escravocrata do país, de prédios e parques públicos [...] Um pequeno grupo que se identificava como milícia, vestido com roupas camufladas, carregava escudos e armas de grosso calibre. Já os manifestantes antirracismo marcaram um contraprotesto diante de uma estátua do presidente Thomas Jefferson (1743-1826), que fundou a universidade e cuja fazenda fica nos arredores. Quando os grupos se cruzaram, houve troca de agressões, arremessos de objetos e uso de gás pimenta. A polícia ordenou toque de recolher. Os supremacistas – que já haviam realizado uma marcha na noite anterior com tochas e palavras de ordem contra negros, homossexuais, judeus e imigrantes – planejavam atrair 6.000 pessoas. Após um site de locação de quartos para hóspedes boicotar os interessados em comparecer, conseguiram reunir algumas centenas. Os organizadores são ligados à chamada “alt-right” (direita alternativa, bastante vocal após a eleição de Trump) e alegam que o avanço dos direitos civis para minorias levará à sua extinção”.
Folha de São Paulo, 13/08/2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/08/1909433-extremadireita-
e-grupos-anti-racismo-se-enfrentam-em-confronto-nos-eua.shtml. Acesso em 14 de agosto de 2017.

Com base no trecho acima e nos conhecimentos históricos, considere as alternativas:

I – Os monumentos, como as estátuas mencionadas na reportagem, podem ser entendidos como artefatos para homenagear e preservar certos valores e/ou ações na época de sua confecção e para gerações futuras.
II – Os conflitos em Charlottesville têm raízes históricas e nos remetem a eventos como a Guerra de Secessão, nos EUA, e o Holocausto, na Alemanha.
III – A retirada da estátua do general Robert E. Lee é resultado de uma reinterpretação do passado à luz de novos princípios e condutas desejados por determinados grupos no presente.
IV – O passado escravocrata de países como os Estados Unidos e o Brasil foi simbólica e legalmente encerrados no século XIX, período em que os preconceitos raciais foram socialmente abolidos.


Exercício 5: (Unespar 2017)

“Afirmar que o racismo no Brasil é sutil, significa fechar os olhos para a crueldade a que foi historicamente submetida a população negra. Verificam-se, então, dois mecanismos que se conjugam, traduzindo algumas facetas do racismo brasileiro. Por um lado, temos a ‘quase invisibilidade’ da questão racial. Embora os inúmeros dados demonstrativos da situação injusta e crítica vivenciada pelos negros no Brasil estivessem em desníveis há décadas, somente nos últimos anos eles foram trazidos a público, no bojo dos debates sobre a implementação de políticas afirmativas, em decorrência das iniciativas do movimento negro. Por outro lado, coloca-se a crença no mito da democracia racial e na ideia de que o Brasil teria superado a escravidão e o racismo por meio do processo de miscigenação que, por sua vez, nos teria livrado de problemas existentes apenas em outras paragens, tais como Estados Unidos ou a África do Sul”. (PACHECO; SILVA, 2007).
Fonte: PACHECO, J. Q.; SILVA, M. N. Introdução in ______;______(orgs). O negro na universidade : o direito à inclusão. Brasília : Fundação Cultural Palmares, 2007, p. 1 – 6

Tomando por base o texto de Pacheco e Silva, é correto afirmar que:


Exercício 6: (Unespar 2016)

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar.”
(Nelson Mandela – citado em: SILVA, Aida M. M. Apresentação. In: SILVA, Aida M. M.; TIRIBA, Léa (orgs.). Direito ao ambiente como direito à vida: desafios para a educação em direitos humanos. São Paulo: Cortez, 2015. p. 08.)

“[...] E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se
propagando
Qualquer tipo de racismo não se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse
lixo que é uma herança cultural [...].”
(GABRIEL O PENSADOR. Lavagem Cerebral. Álbum: Gabriel O Pensador. Sony Music, 1993. CD.)

Os dois trechos acima fazem menção à discriminação racial. Com base neles e nas condições históricas do racismo no Brasil, escolha a alternativa CORRETA.


Exercício 7: (UDESC 2019/2)

Observe os seguintes dados apresentados pelo artigo "Racismo: o que você tem a ver com isso?", publicado em março de 2017 no portal Unisinos Notícias.

1) Segundo o Mapa do Encarceramento no Brasil, de 2012, as prisões contavam com 1,5 mais negros que brancos.

2) Segundo o Mapa da Violência, de 2015, os dados referentes ao ano de 2013 indicam que foram assassinados, proporcionalmente, 173,6% mais negros que brancos.

3) Segundo o mesmo Mapa da Violência, de 2015, em 10 anos (de 2003 a 2013) o número de homicídios de mulheres negras aumentou 54%.

Sabendo-se que o racismo é elemento historicamente constitutivo da sociedade brasileira, assim a análise dos dados: