KGB

Por Emerson Santiago
Categorias: União Soviética
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KGB é a sigla em russo para Comitê de Segurança do Estado, o serviço secreto da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Órgão ligado ao Partido Comunista, a KGB foi criada em 1954, sendo um dos mais temidos e eficientes serviços secretos do mundo. Da sua criação até 1991, ela foi responsável pela espionagem internacional soviética e também cuidou da proteção dos líderes do país, da supervisão de tropas nas fronteiras e da vigilância da população.

A KGB foi a agência de segurança soviética que teve a vida mais longa dentre todas as criadas pela União Soviética. De suas antecessoras ela herdou a experiência e métodos cruéis de eliminação de adversários. Antes da KGB, vieram a Cheka (sigla em russo para Comitê Extraordinário Russo para Combate à Contrarrevolução e Sabotagem); em 1922 surgiu a OGPU (sigla em russo para Administração Política do Estado Unificado). Nos anos 1930, a OGPU virou a NKVD (sigla em russo para Comissariado Popular de Assuntos Internos). A NKVD foi essencial para consolidação do poder de Stalin, mas após o assassinato de Trotsky, esta foi dividida e os assuntos relativos à espionagem ficaram a cargo do Ministério de Segurança do Estado, que comandou os serviços de espionagem e contraespionagem durante a Segunda Guerra Mundial. Com a morte de Stalin em 1953 e a ascensão de Nikita Khrushchev, o sistema de segurança soviético foi reformulado, com a liberação de milhões de prisioneiros políticos e a criação da KGB.

Para evitar o excessivo poder de suas antecessoras, a KGB ficou subordinada aos principais líderes do Partido Comunista. Dividida em 20 áreas, chamadas de "diretórios", os mais importantes eram os responsáveis pela espionagem internacional, contraespionagem, proteção das lideranças políticas e segurança das fronteiras. O principal objetivo de suas missões era obter segredos militares e científicos no ocidente. Uma importante vantagem da KGB sobre a CIA era que a agência soviética centralizava a espionagem externa e a vigilância interna, enquanto que nos Estados Unidos essas missões eram divididas entre a CIA e o FBI.

A KGB no seu auge se tornou a maior polícia secreta e serviço de espionagem do mundo, com cerca de 480 mil integrantes, sendo que 200 mil atuavam nas fronteiras do bloco soviético. Ela contou com milhões de informantes recrutados no mundo inteiro e que vendiam informações estratégicas em troca de pagamentos regulares. No final dos anos 1960, o seu poder só crescia, e Yuri Andropov, chefe da KGB, se tornou o principal líder soviético.

Com o fim da União Soviética em 1991, a KGB foi dividida em vários serviços. Na Rússia, tronou-se em 1994 a FSB (sigla em russo para Serviço Federal de Segurança). A FSB foi presidida até 2000 por Vladimir Putin, ex-oficial da KGB que seria presidente e depois primeiro-ministro da Rússia. Acredita-se que esta nova organização tem mais poderes e autonomia do que a extinta KGB, sendo um dos órgãos mais temidos na Rússia.

Bibliografia:
ANAZ, Sílvio. Como funcionou a KGB. Disponível em: <http://pessoas.hsw.uol.com.br/kgb.htm >.

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