Hipermetropia

Por Michelle Alves da Silva

Mestre em Ciências Biológicas (Universidade de Aveiro-SP, 2013)
Graduada em Biologia (Universidade Santa Cecília-SP, 2003)

Categorias: Doenças, Visão
Ouça este artigo:
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!

A hipermetropia é um distúrbio visual bastante frequente, um erro refrativo caracterizado pela perda de nitidez da imagem de objetos próximos, consequente da inadequação da focalização dos feixes de luz. Isso ocorre em razão do comprimento axial do globo ocular ser curto demais, assim os raios paralelos convergem de forma mais distante, o que faz o foco da imagem incidir atrás da retina. Provoca um desconforto visual.

Como a imagem se forma atrás da retina em um olho com hipermetropia. Ilustração: Neokryuger / Shutterstock.com (adaptado)

A acuidade visual para os objetos que estão distantes não é perdida, pelo motivo da quantidade de acomodação ser a correta quando é formada pelo sistema ótico e a retina.

Causas

Pode ser ocasionada também pela diminuição do poder dióptrico do cristalino e da alteração da curvatura da córnea: aumento do raio de curvatura, redução da curvatura das faces do cristalino, decréscimo do índice de refração do cristalino e do humor aquoso, aumento do índice de refração do vítreo, cristalino e córneas com grande distância entre si e a ausência de cristalino (afacia, adquirida ou congênita).

Alguns casos de hipermetropia acontecem em idade avançada, quando surgem alterações no cristalino devido as trocas osmóticas.

Tipos

É classificada em dois tipos:

Sintomas

Os sintomas são: dores de cabeça devido o esforço visual, visão embaçada para objetos próximos, fadiga ocular e olho lacrimoso.

Tratamento

O tratamento é realizado pelo uso de óculos e as lentes de contato com diferentes vergências, a fim de convergir os raios luminosos que chegam no olho e ajudar a compensar a distância insuficiente entre o cristalino e a retina. Pode ser prescrito a cirurgia refrativa com o Excimer Laser, procedimento realizado nas estruturas da córnea e do cristalino.

Correção

Para corrigir o grau da hipermetropia, é mensurado a contração do músculo ciliar no ato da acomodação, pois a contração aumenta o poder de refração do cristalino. Para isso é utilizado o auto refrator, um equipamento oftálmico de precisão usado para medir parâmetros de diversos erros refrativos, medidas de curvatura da córnea e da distância pupilar.

Em relação à acomodação visual, a hipermetropia pode ser categorizada em quatro divisões:

Os hipermetropes possuem maior risco de desenvolver outras perturbações visuais, tais como o estrabismo, o glaucoma de ângulo fechado, a ambliopia, conjuntivite e a degeneração macular.

Leia também:

Referências:

DA CUNHA, C. M.; CORREIA, R. José B.; CUNHA, J. T. Correção óptica e evolução da hipermetropia. Brasileira de, v. 76, n. 4, p. 194-7, 2017.

GERAISSATE, E. Hyperopia. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, v. 63, n. 6, p. 499-501, 2000.

VENTURA, L.; NETO, J. C. C. Ametropias oculares. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 17, n. 4, p. 305-316, 1995.

AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição!