A avicultura nos moldes que conhecemos hoje surgiu nos Estados Unidos, quando pequenos produtores se uniram para barganhar preço de insumos. Os avanços encontrados nos últimos 30 anos, só foram possíveis com altos investimentos em tecnologia (principalmente melhoramento genético), fazendo com que a atividade chegasse ao patamar de uma das atividades mais competitiva do mundo.
Avanços em todos os campos de produção também não podem ser renegados, campos como a alimentação (desde melhoramentos genéticos da soja e milho que permitiram cultivos mais produtivos) e referentes as instalações (equipamentos que permitem a climatização dos galpões) fazem a atividade se tornar um sucesso.
Tratando-se de mercado, podemos ainda mostrar a mudança de hábito dos últimos anos no consumo de carne de frango. Até praticamente duas décadas atrás (quando a avicultura de corte ainda galgava seus primeiros degraus no cenário nacional) o consumo de frango era considerado um “luxo” pelos brasileiros. Após o plano Real a realidade se transformou e o frango passou a ser visto como alternativa para a população.
A produção de frangos de corte em nosso país geralmente se dá através de integração entre as agroindústrias e os produtores. A agroindústria fica responsável por fornecer todos os meios de produção ao produtor (pintainhos e alimentação) e o produtor fica responsável por produzir (mão-de-obra, instalações) o animal até a fase de abate e entregá-lo a empresa com quem se firma o contrato, raramente encontra-se um produtor privado neste setor.
Já em relação à avicultura de postura (produção de ovos) a situação não é a mesma. Os principais produtores de ovos são grandes empreendedores e ainda existem alguns casos de relativo sucesso de cooperativas de pequenos produtores.
Todos esses significativos avanços fazem o Brasil ser hoje o terceiro maior produtor mundial e o líder mundial em exportação, a carne de frango é o segundo produto do agronegócio. Há ainda muito a desenvolver nesta área, principalmente desenvolver o mercado interno (aumentar o consumo por habitante) e proporcionar maior subsídios para que os produtores possam aumentar ou mudar para o setor de aves. Há ainda o gargalo na produção de ovos, pois a produção nacional visa apenas abastecer o mercado interno, tendo portanto uma visão diferenciada da avicultura de corte, cujo o principal foco é a exportação.
Referências
Fontes
www.cnpsa.embrapa.br