O valor alimentar de uma matéria prima não se limita a sua composição química (valores de proteína, energia, fibras e minerais). Há matérias primas de maior ou menor digestibilidade (maior ou menor facilidade de quebra de seus constituintes) e ainda presença de compostos antinutricionais (compostos presentes naturalmente nos alimentos que dificultarão sua digestibilidade). Essa relativa digestibilidade de cada matéria prima pode variar ainda de acordo com a espécie do animal (por exemplo, o sistema digestivo do coelho é diferente do sistema digestivo do eqüino).
Os fatores antinutricionais propriamente ditos são substâncias ,que mesmo em estado vestigial, reduzem ou impedem totalmente a utilização pelo animal de um elemento nutritivo (tanto no nível digestivos, tanto no nível metabólico).
* Fatores antinutricionais mais conhecidos: antivitaminas, ácidos orgânicos queladores de cátions minerais, antienzimas (como a antitripsina da soja), taninos condensados, as lectinas, as saponinas...
Outros produtos indesejados, que agem através de uma ou mais vias, das seguintes formas:
-Intoxicação verdadeira: micotoxinas;
-Redução do apetite: ITC da colza;
-Desconforto gastrointestinal: α-galactosídeos;
-Alterações das características organolépticas ou físicas dos produtos: trimetilamina.
Principais matérias-primas
-Cereais: Milho (cereal mais energético e normalmente o mais utilizado), trigo tenro, cevada, sorgo, centeio...
-Derivados dos cereais: farinhas fracas, remoeduras e farelos;
-Ensilagens: de cevada e de trigo são as mais comuns (forma de conservar os cereais com umidade alta);
-Melaços: o mais comum é o de cana, usados como palatabilizantes de dietas;
-Gorduras Alimentares: os óleos vegetais (soja, milho, canola...) e gordura de animais (gordura de aves);
-Raízes e tubérculos: por exemplo a mandioca, apesar do seu baixo valor nutricional seu custo/beneficio é válido;
-Subprodutos: dos mais diversos tipos, dependendo da espécie tratada e da disponibilidade do produto.