As matrizes são as fêmeas utilizadas na reprodução.
O sucesso de um programa de inseminação artificial (IA) não depende unicamente da qualidade do sêmen, mas principalmente da condição genital e corporal das fêmeas. Nos rebanhos que vêm mostrando baixo desempenho reprodutivo, as matrizes candidatas ao programa de IA deverão ser submetidas a um controle ginecológico por vaginoscopia para avaliar a saúde genital, especialmente se há a ocorrência de catarros genitais e constrições vaginais.
A IA deverá ser feita na metade do estro ou ainda próximo da ovulação, em fêmeas cíclicas, na estação reprodutiva, variando com o método de aplicação e da condição do sêmen (fresco/diluído ou congelado). Deste modo, é necessário proceder à detecção do estro uma vez a cada 24 horas, normalmente durante a noite, ou utilizar métodos para sua indução ou sincronização. Alguns destes, embora diminuam a fertilidade, apresentam vantagens de encurtar o período de serviço e permitem programar a aplicação de sêmen, principalmente quando se utiliza sêmen congelado. Possibilitam ainda a concepção na contra-estação reprodutiva. Dependendo do método que for utilizado, pode estimular a ovulação e aumentar o número de nascimentos.
Em outras palavras, algumas semanas antes da IA ou até mesmo da monta natural, as fêmeas devem apresentar as seguintes condições corporais:
- Boa condição nutricional, com escore corporal acima de três (escala de 1 a 5);
- Livres de doenças infecciosas e parasitárias;
- Desmamadas;
- Vacinadas;
- Não estarem prenhes;
- Encontrarem-se ginecologicamente sadias.
Fontes:
Biotécnicas Aplicadas à Reprodução Animal – Paulo Bayard Dias Gonçalves, José Ricardo de Figueiredo e Vicente José de Figueiredo Freitas. Ed: 2° (2008). Editora Roca.