O uso de hormônio de crescimento em frangos de corte, que vivem em torno de 45 dias da saída do ovo até o dia do abate, é um mito que ganhou força nas últimas décadas. Na realidade, não são utilizados hormônios, mas sim compostos promotores de crescimento fabricados pela indústria farmacêutica.
Já foram feitos alguns estudos com o uso de hormônio de crescimento em aves; todavia, os frangos não respondem ao desse hormônio. Além disso, não é uma opção economicamente viável.
Um dos maiores responsáveis pelo ganho de peso das aves de corte é o melhoramento genético. A cada ano são selecionadas as melhores aves, as que conseguem acumular mais peso e que apresentam melhor performance.
Fatores aliados ao melhoramento genético como nutrição, controle ambiental e desenvolvimento na prevenção e no tratamento de doenças fazem as aves crescerem mais rapidamente.
O uso do hormônio é proibido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Além disso, existe um programa denominado Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes-PNCRC que faz análises nos Laboratórios Nacionais de Agropecuária-LANAGRO, de carnes (bovina, aves, suína e eqüina), leite, mel, ovos e pescado, em amostras de produtos que são destinados à alimentação, para verificação da possibilidade de uso ilegal desses produtos.
Como dito anteriormente, embora não sejam utilizados hormônios, são utilizados promotores de crescimento, que são antibióticos utilizados em dosagens muito baixas, bem inferior à utilizada para fins terapêuticos. Estes compostos auxiliam na melhora das condições do trato gastrointestinal, prevenindo diarreias e, consequentemente, fazendo com que as aves aproveitem melhor o que ingerem.
O uso de promotores de crescimento gera muita polêmica, sendo proibido em diferentes países, pois se acredita que eles podem colaborar para a resistência das bactérias aos antibióticos, fazendo com que os fármacos desse tipo utilizados para doenças humanas se tornem ineficazes.
Fontes:
http://www.anffasindical.org.